Inflação e juros altos

O ano de 2021 já se foi, e a inflação fechou em alta de 10,06%, pesando no bolso das pessoas o ano inteiro.

Em 2022, o que podemos esperar? O que isso impacta na sua vida?

Embora existam outros índices de preços, o (IPCA) Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é o índice de referência do sistema de metas para a inflação​. É calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com coleta, em geral, do dia 1 a 30 do mês de referência.

O IPCA mede o preço de uma cesta de consumo representativa para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, em 13 áreas ​geográficas: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, B​​elo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.​​ Com algumas diferenças metodológicas, o IPCA-15 é uma prévia do IPCA, cujo período de coleta estende-se do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência.

Basicamente, a inflação indica o aumento generalizado ou contínuo dos preços de uma série de categorias de bens e serviços importantes no dia a dia das pessoas, tais como: alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação. Portanto, se a inflação em determinado mês for de 1,0%, isso significa que o aumento médio dos preços dessas categorias no período também foi de 1,0%.

Esse aumento nos preços não é uniforme, porque dentro de cada categoria alguns itens podem sofrer variações diferentes. Um bom exemplo é o setor de transportes: em 2021, seu preço subiu 21,03%. No mesmo período, os preços da categoria de alimentação e bebidas saltaram 7,94%.

Agora em 2022, a inflação vai continuar subindo?

Os dados do IPCA 2022 começam a ser divulgados a partir de fevereiro, o que se tem atualmente é uma projeção de economistas consultados pelo Banco Central para o Boletim Focus. Segundo o Boletim do dia 10 de janeiro 2022, o mercado projeta uma inflação de 5,03% ao ano para 2022, quase metade da inflação de 2021.

Apesar da expectativa mais otimista, ainda ficariam acima da meta do Banco Central, que é de uma inflação de 3,5% para 2022, e bem no limite da tolerância chamada de teto da meta, que é de 5,0% para o próximo ano.

O que isso impacta na sua vida?

Além do aumento generalizado ou contínuo dos preços, a inflação interfere em vários fatores da economia, sendo um deles que se aplica diretamente nesse cenário atual é a elevação da taxa (SELIC) Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.

A SELIC, é a taxa básica de juros da economia, o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Com a elevação da SELIC, desestimula o consumo, o crédito fica mais caro e favorece a queda da inflação.

Atualmente, janeiro 2022, a SELIC está em 9,25% com expectativa altista do mercado financeiro, que elevou suas projeções para a taxa Selic este ano; de 11,50% para 11,75%. É o que mostra o relatório Focus divulgado pelo Banco Central.

A expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve, na próxima reunião que acontece em fevereiro 2022, a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual, dos atuais 9,25% para 10,75% ao ano. Para 2023, as estimativas se mantêm numa Selic de 8,00% ao ano. Nesse cenário de inflação e Selic alta, é vital ter um controle financeiro pessoal.

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